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As redes sociais e outros meios de comunicação tem dado bastante ênfase para os casos de assédio e estupro, especialemnte porque esses temas são causadores de grandes discussões e polêmicas, e proporcionam grande retorno financeiro para a mídia em geral. O problema da violência não é recente no mundo, muito pelo contrário, crimes sangrentos, mutilações e abusos tem sido cometidos por vários povos desde as primeiras civilizações e a única mudança ocorrida ao longo do tempo foi em relação a tolerância a essas atitudes, ou seja, em relação as situações onde tais atos pudessem ser cometidos ou perdoados.
Assim, acabou-se por desenvolver-se uma noção errônea de que, em alguns casos, nomeadamente quando mulheres saem sozinhas pela rua, à noite, ou quando ocorre com prostitutas, pessoas de cor e nível social diferente ou qualquer outra característica que possa ser “socialmente inadequada”, o indivíduo estaria passível de sofrer aquela violência devido a situação e, em alguns casos, até estaria “pedindo” para que aquilo lhe ocorresse.
Essa tendência de culpar as vítimas e recriminá-las por se colocar em situações de risco em vez de educar a população, em especial a masculina, em relação ao respeito ao próximo e a desobjetificação dos outros ainda perdura até os tempos globalizados. O estuprador que deveria receber o escarnio e a punição da sociedade, acaba por ser constantemente justificado e em alguns casos perdoado, devido as razões e desculpas socialmente estabelecidas que lhe servem de armadura.
O que leva a conclusão lógica de que, apesar da merecida culpa ser constantemente retirada dos ombros do violentador e injustamente jogada sobre a vítima, os verdadeiros responsáveis pela perpetuação da violação dos direitos humanos são os cidadãos que passivamente assistem a violência e através do mantimento da “cultura do estupro” contribuem ativamente para que esses atos inaceitáveis saiam