Copa
Parte da grande revolução que mudou os destinos da civilização ocidental no final do século XVIII, a guerra da independência dos Estados Unidos (revolução americana) abriu uma nova era na história da humanidade. E o país surgido desse movimento libertário tornou-se modelo e inspiração para as colônias ibero-americanas em seu desejo de emancipação das potências colonizadoras.
Origens. Dá-se o nome de revolução americana à luta das colônias estabelecidas na América do Norte, para se tornar independentes da Grã-Bretanha. Vitoriosas, as colônias passaram a constituir uma república independente, estabelecida com base em princípios democráticos que, pela primeira vez, ganhavam forma estatal.
Iniciada em 1607, a emigração inglesa para a América do Norte deu origem à formação de colônias, que em 1732 já eram 13. Entre as causas que concorreram para a guerra de independência (de 1775 a 1781) figura o abandono em que estas se encontravam. Os colonos tinham, por isso, que resolver sozinhos seus problemas, o que lhes dava uma posição de autonomia em relação ao governo metropolitano. Além disso, os ingleses não estavam bem a par das condições das colônias e, preocupados com os próprios problemas, não lhes dedicavam muita atenção.
Entrementes, aumentava a importância econômica das colônias, sobretudo depois que a Grã-Bretanha, vitoriosa na guerra contra a França (Guerra dos Sete anos), acrescentou às suas possessões americanas todo o Canadá e as terras situadas entre os montes Apalaches e o rio Mississippi. Após o conflito, encontrando-se em difícil situação econômico-financeira, a Grã-Bretanha decidiu exigir das colônias a observância da Lei de Navegação (Navigation Act), que limitava grande parte do intercâmbio comercial destas exclusivamente à metrópole. Reprimia-se também o contrabando. Além disso, a Lei do Açúcar (Sugar Act), de 1764, que regulamentava o comércio do açúcar, aumentava o descontentamento dos colonos. E os que