Copa e seus preparativos
Em 2 de março de 2012, o secretário-geral da Fifa, Jèrôme Valcke, havia demonstrado sua insatisfação com a organização da Copa do Mundo pelo Brasil e, de maneira pouca ortodoxa, tentou motivar o país: "Vocês precisam ser pressionados, levar um chute no traseiro e fazer a Copa do Mundo". Na época da declaração, faltavam 831 dias para o início do Mundial.
O primeiro é que o Brasil vê atraso em obras essenciais para a realização do evento ou, até mesmo, a retirada de parte delas da Matriz de Responsabilidades da Copa documento que lista as medidas necessárias para o Mundial. Entre as principais ações retiradas estão obras de mobilidade urbana que antes eram consideradas um legado de infraestrutura para o país. Outro fato é que obras de reforma e construção de aeroportos ficarão prontas em cima da hora.
Em entrevista à imprensa internacional, o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, limitou-se a dizer que "20% das obras para a Copa do Mundo estão prontas e cerca de 60% estão em andamento". A declaração deveria destacar o bom andamento das obras, mas soa como uma confissão de que nem tudo vai bem. Sobre os demais 20%, o ministro não falou nada.
De acordo com o site Portal 2014, o Brasil concluiu apenas 12 projetos ligados à competição e ainda precisa executar 83 obras, sendo que 14 ainda nem começaram e 69 estão em andamento.
"Os preparativos estão sendo realizados conforme a cultura gerencial brasileira. O brasileiro trabalha sob pressão e o processo decisório é muito lento", frisou o especialista em estratégia empresarial da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Antônio Flávio Testa.
Ele prevê a falta de vagas e preços abusivos das diárias na rede hoteleira, além do