Copa do mundo

Em 2014, Copa do mundo no Brasil. Grandioso evento que promove o esporte reúne o intercâmbio mundial, aumenta o fluxo financeiro e gera renda no país. Durante os momentos preparatórios para a Copa, muitos assuntos são discutidos pela mídia e pelo povo e promessas governamentais trazem a tona uma questão ainda muito controversa: o Brasil deveria sediar a Copa?
Os fatores que desfavorecem o Brasil são problemas comuns a todos os países subdesenvolvidos. Mas não é o evento que prejudica as condições sócio-econômicas do país, ela só agrava a má administração financeira que sempre existiu.
Analisando pelo lado positivo, a demanda por maior mão-de-obra realmente traz benefícios para os trabalhadores, como na área de construção civil, redes hoteleiras, comércios, turismo, publicidade, fábricas têxteis, dentre outras. Mas estas questões só favorecem trabalhadores que já atuam nessas áreas. Enquanto que geração de empregos para novas oportunidades ainda estará em falta. Principalmente porque, para atuar em um grande evento internacional a exigência por uma qualificação profissional é muito segregadora, pois não condiz com a realidade social do país. Grande parte da população não tem fluência culta na língua estrangeira, por exemplo, porque os métodos de ensino nas escolas públicas não permitem que o aluno tenha essas condições.
Os estabelecimentos comerciais e infra-estrutura esportiva vão continuar servindo de consumo para minoria da elite sendo a única a poder ter condições financeiras em usufruí-las. Mas isso seja com ou sem a Copa.
Renda e recursos suficientes o país tem, afinal o Brasil tem um dos maiores PIBs mundiais, mas infelizmente enfrenta o pior índice de concentração de renda da América Latina.
O Brasil tem o direito de recebê-la como qualquer outra nação, isto é questão de democracia globalizada. Aliás, a sediação da Copa pode ser benéfica, pois são um argumento a mais para se discutir essas questões sociais através dos meios de comunicação,