Copa do Mundo
Crianças sonham em jogar futebol profissional para ter uma vida digna e rica. Já que salario de jogador é humilhantemente maior que o de qualquer outra profissão, e nem é necessário escolaridade para ser milionário em pouquíssimos anos. Enquanto uns sonham em viver “correndo atrás de bola”, outros passam suas vidas ganhando míseros salários.
O Brasil tem dinheiro suficiente para construir (ou reformar) doze mega estádios, onde alguns só servirão para essa Copa; mas não tem dinheiro para melhorar a educação que é precária, nem para dar um salário “digno” aos professores; ou investir na melhoria dos hospitais superlotados.
No Brasil não tem catástrofe natural, mas tem corrupção, a maior catástrofe social. É esse país, visto internacionalmente como “do futebol, do carnaval e da mulher bonita” que almeja ser desenvolvido economicamente, que os pobres são confundidos diariamente com bandidos, enquanto os verdadeiros ladrões estão no senado, cobrando impostos até por uma bala, prometendo melhorias, mas que só chega para eles próprios.
A real situação da educação brasileira é duvidosa, problemas com material didático, merenda, professores desqualificados não estão fora do comum, mas o poder público cria a cada ano projetos revolucionários capazes de resolver tudo, se saíssem do papel. O que acontece na área educacional é uma certa camuflagem. Para que tudo pareça bem, porém isso seria prejudicial ao poder administrativo, para que deixar as pessoas inteligentes, informadas e cientes de tudo? Se isto seria o mesmo que estar disposto a encarar questionamentos e revoluções. O que é realmente interessante para eles é justamente a maneira alienada que vivemos.
Mércia Thaisa