copa do mundo
Mas essa percepção não é nova para quem lida diretamente com os negócios que deveriam ter sido alavancados pelo Mundial. Na avaliação de José Wagner Ferreira, presidente da Academia Brasileira de Eventos e Turismo, do total de 600.000 a 700.000 turistas esperados num primeiro momento, deverão chegar ao país no máximo 300.000 pessoas. “A maioria vinda de países limítrofes, como Argentina, Paraguai e Uruguai”, diz. Segundo Ferreira, apenas as cidades do Rio de Janeiro e Fortaleza estarão próximas do uso total da capacidade hoteleira. “Em São Paulo, para você ter ideia de como o evento não será nenhum estrondo, a ocupação deve ficar em torno de 60%.”
E a situação prevista para as empresas de aviação também não é positiva. A taxa de ocupação média até o final de janeiro de 2014, levantada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), era de apenas 10% dos bilhetes vendidos para as 12 cidades-sede e para Campinas e São José dos Campos, que também foram incluídas por causa da proximidade com São Paulo. “Não só no Brasil, mas em todos os locais que sediam um evento como a Copa, as viagens corporativas ficam à mingua nos dias de jogos. Nenhuma empresa lúcida vai agendar um Congresso, por exemplo, numa cidade no mesmo período de uma partida de uma etnia bem representada no Brasil, como a espanhola ou a portuguesa”, afirma Ferreira, que já foi diretor da TAM e presidente da Webjet. A expectativa de Ferreira é que o ramo de aviação cresça de 6,5% a