Copa do mundo no Brasil
Para o Brasil, a Copa é uma oportunidade de dar um salto de modernização, bem como atrair investimentos e turistas para o país, mesmo no período pós-Copa. Uma breve análise da viabilidade e do possível sucesso da Copa do Mundo de 2014 perpassa por vários espaços temporais e áreas temáticas. Trata-se de uma análise do contexto, levando em conta aspectos econômicos, administrativos e jurídicos, o legado da Copa e o sucesso do evento em si.
Até a década de 1980, havia uma convergência de opiniões entre comunidade acadêmica, administradores públicos e investidores privados, de que sediar megaeventos esportivos era um risco financeiro e administrativo para a cidade e para as instituições organizadoras. Essa visão reforçava-se pelos prejuízos financeiros nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, e nos de Montreal, em 1976. Entretanto, os lucros atingidos nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, chamaram a atenção para a possibilidade de esses eventos trazerem benefícios econômicos e sociais para as cidades-sede.
Os estudos sobre megaeventos esportivos demonstram que, quando bem planejados, esses eventos oferecem importantes vantagens para as cidades e os países-sede, deixando como legado instalações esportivas, promovendo estímulo à economia e à construção civil e incrementando o turismo. Esses eventos representaram também um incentivo para melhorias urbanísticas e na infraestrutura. Além disso, a exposição continuada na mídia melhora substancialmente a imagem da cidade, nacional e internacionalmente.
Entretanto, estes estudos deixam também importantes lições que, por seus aspectos negativos, necessitam ser consideradas pelas cidades quando da candidatura e organização de eventos esportivos desta natureza. Sob o ponto de vista da opinião pública, ocorrem críticas de que as candidaturas e a organização dos Jogos não são suficientemente discutidas com a comunidade e que as informações relevantes