cooperativas
A autogestão, apesar de não ser uma idéia nova pode ser vista hoje como uma radicalização do processo de devolver ao trabalhador parte daquilo que o capitalismo lhe foi tomando ao longo de séculos. A autogestão no Brasil ainda enfrenta muitas dificuldades, muitas delas são bastante diferentes daquelas com que se deparam as empresas convencionais. No entanto, não podemos dizer que as chances de sucesso das empresas de autogestão sejam maiores ou menores. Na verdade mesmo quando a autogestão mostra-se mais eficiente, enfrenta preconceitos.
As empresas autogeridas apresentam graus bastante diversos de eficiência. Mesmo que apenas um grupo restrito possa apresentar desempenho econômico-financeiro excelente, estes empreendimentos têm o mérito de gerar ou preservar postos de trabalho e renda a um custo bastante reduzido.
Autogestão
Entendemos por autogestão o conjunto de práticas sociais que se caracteriza pela natureza democrática das tomadas de decisão que propicia a autonomia de um “coletivo”. A autogestão qualifica as relações sociais de cooperação entre pessoas e grupos.
O conceito de autogestão tem caráter multidimensional: a primeira dimensão diz respeito ao caráter social, a segunda se refere ao econômico, a terceira é política e a quarta é técnica.
Uma prática social com diversos significados
Na maioria das vezes a autogestão aparece associada a processos produtivos. Nesse caso com o objetivo de promover a ampliação ou a integração fabril.
O termo autogestão esta sendo utilizado muito mais para designar uma matriz de conhecimento do que ao mistificar o lado gerencial do processo de trabalho. Pensar em autogestão apenas a partir do referencial “cooperativo” significa reduzir a ação coletiva à mitologia do “bom selvagem”, que dissimula a realidade social e a complexidade do processo de produção.
“Não existe uma definição geral de autogestão e a diversidade de concepções