Cooperativa
“Cooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva e gerida democraticamente” (ACI 1995). No Mercosul, essas organizações têm sido vistas, quase sempre, como ferramenta de desenvolvimento do meio rural e freqüentemente os governos as utilizam como canal de políticas dirigidas ao setor agrário ou a grupos específicos de produtores (Amodeo, 1999). Não obstante o governo brasileiro procurou manter sob sua tutela o cooperativismo, pois enxergava nele uma forma de promover o desenvolvimento e corrigir deformações estruturais de renda (Périus, 1988). Para estreitar o relacionamento com o Sistema Cooperativista o governo criou órgãos para estimular seu desenvolvimento3 e manteve-o sob um processo de intervenção que foi de 19308 até 1988. O governo ao intervir, obrigando as cooperativas a enviar-lhe uma série de informações, colaborava para a redução na assimetria de informação referente à gestão da cooperativa. Por exemplo, a cooperativa, ao ser obrigada a enviar ao órgão fiscalizador todas as atas de reuniões dos conselhos de Administração e Fiscal, prestava informações sobre a sua gestão; ao enviar os balanços e demais relatórios do exercício, fornecia informações referentes a sua estrutura econômica, financeira e social. Os anos em que o Sistema Cooperativista passou sob a tutela do estado provocaram, segundo Périus (1988), uma demasiada dependência financeira e administrativa em relação ao Governo Federal. Entretanto, independente de uma avaliação mais aprofundada para definir se estava ou não preparado para assumir sua própria autogestão, o Sistema Cooperativista Brasileiro elabora um intenso trabalho de sensibilização das autoridades governamentais em prol do fim da tutela do Estado, fato que consegue a partir