COOPERATIVA EDUCACIONAL
Diferentes organizações de ensino surgem no cenário educacional do País. Uma modalidade de escola em expansão são as chamadas cooperativas educacionais, formadas pelos próprios pais. Elas despontam em razão do descontentamento com o ensino público, com o particular, no aumento das suas mensalidades, e nos últimos cinco anos cresceram cerca de 80%.
As escolas cooperativas, no Brasil, iniciaram-se na década de 90. Há, atualmente, no País 625 escolas que são cooperativas filiadas à Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). No Estado de São Paulo, são 55, a maioria funcionando no interior. Em 1992, existiam apenas quatro cooperativas educacionais no Estado de São Paulo, mas o sucesso dessa organização tem ensejado a sua evolução.
São os pais dos alunos os fundadores da cooperativa e também seus financiadores. Para a abertura, cada pai contribui com cerca de R$ 300,00, acrescidos, por mês, do rateio das despesas. A mensalidade é substituída pelo rateio, que varia de escola para escola e é controlado pelos seus membros. Quando os filhos saem da escola, os pais deixam a cooperativa e levam o que restou de sua parte no capital. Novos alunos significam novos pais cooperados. Os pais cuidam da escola com dedicação e interesse, como uma construção deles. Em média, é 40% mais barato que as mensalidades das escolas particulares.
A escola é administrada pelos pais, por meio de conselhos eleitos e a responsabilidade pela execução da linha pedagógica, escolhida pelos pais, cabe ao professor e aos profissionais da área da educação contratados pela cooperativa. Tem tido prioridade a adoção do modelo de ensino que se apoia no método socioconstrutivista. O cooperativismo é ressaltado como uma construção de valores.
Nem todos os pais trabalham na administração da escola, mas todos estão por perto, com direito a esclarecimentos e a opinar. Os pais que não fizeram parte da fundação das cooperativas usufruem igualmente da participação direta da gestão e