Conversa pra quem gosta ensinar
CONVERSAS
COM QUEM GOSTA DE
ENSINAR
Cortez Editora
Editora Autores Associados
1980
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Rubem Alves – Conversas com quem gosta de Ensinar
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Ponha de novo o livro na prateleira se você está em busca de um discurso sério, científico.
Aí dentro você só encontrará conversas com pessoas que gostam de ensinar. Pra conversar é necessário gostar. Caso contrário, a coisa viraria um monólogo: uma fala sem resposta.
Pelos livros de filosofia e ciência que você já deve ter percebido que, via de regra, o que se pretende é um discurso sem resposta. As coisas são ditas de tal forma, com tais precauções e notas de rodapé, que o leitor é reduzido ao silêncio. Nada mais distante do espírito da conversa. O que se pretende, aqui, é tecer uma a dois, ou a três...
Aquele que começa oferece um tema, dá um ponto, e passa a agulha ao outro... E assim a coisa vai sendo feita, como tarefa de muitos. E isto sem que se esqueça do humor e do riso, sem os quais aparecem nós cegos que ninguém consegue desatar.
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Àqueles, dentre os alunos, que ficaram amigos
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Rubem Alves – Conversas com quem gosta de Ensinar
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Sumário
Sobre jequitibás e eucaliptos – amar
Sobre o dizer honesto – acordar
Sobre palavras e redes – libertar
Sobre remadores e professores – agir
1.
Nível filosófico
2.
Nível científico
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Rubem Alves – Conversas com quem gosta de Ensinar
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Nasci em Boa Esperança, a mesma da “Serra da Boa
Esperança”, do Lamartine Babo. Em 1933. A falência de meu pai me levou para o Rio, cidade cuja solidão eu freqüentei, o que me fez religioso e amante da música. Quis ser médico, pianista e teólo go – admiração por Albert Schweitzer. Passei por um seminário