Convergencia

CULTURA DA CONVERGÊNCIA Com os constantes e rápidos desenvolvimentos das tecnologias digitais da comunicação e da informação, as formas de viver dos sujeitos também se modificam, a ponto das práticas sociais estarem em contínua reconfiguração. A digitalização do mundo proporciona que o acesso ao conhecimento seja mais facilitado, uma vez que os indivíduos possuem variadas possibilidades de acesso, buscando o que querem de acordo com seus gostos e suas preferências. A internet é a grande propulsora dessa reconfiguração das práticas simbólicas, pois pode-se criar e transmitir conteúdos independentemente de local, distância, forma, quantidade ou mesmo tempo. O formato digital também permite que vários meios sejam concentrados em um único suporte, deixando de ser exclusivos de apenas um veículo e passando a figurar em vários, tornando-se então realidade, por exemplo, a TV e o rádio na internet e nos celulares. O atual momento de convergência vivido é chamado por Jenkins (2008) de cultura da convergência. Ele faz referência aos meios de comunicação, transformações da indústria midiática, fãs, consumidores produtores e à narrativa transmidiática, sempre relacionando com a hodierna conjunção da sociedade. O conceito de cultura da convergência é proposto por Jenkins em seu livro que carrega o próprio termo como título. O livro discorre pela relação de três conceitos: convergência dos meios de comunicação, cultura participativa e inteligência coletiva. A convergência é tratada como sendo o movimento contínuo de conteúdos por diversos suportes midiáticos, enquanto que a cultura participativa vem contrapor a velha passividade dos espectadores diante dos

meios de comunicação. Por sua vez, a inteligência coletiva refere-se a um processo coletivo, onde as conversas travadas entre as pessoas geram burburinhos, uma vez que cada um sabe um pouco a respeito das coisas, e podese unir esforços para juntar esses conhecimentos (JENKINS, 2008). A convergência não está ligada apenas