controle e exterminio de carrapatos
Desde o final do século XIX (1895) pesquisadores vêm buscando produtos com a finalidade de combater o carrapato.
Experimentaram, então, cerca de 300 produtos como, por exemplo, creosoto, sabão, fumo, querosene e enxofre, sempre, porém, adicionados a óleos minerais.
Foi total o insucesso dessas experiências devido à mortalidade dos animais infestado por intoxicação e ao fracasso no controle.
Em 1896 surge a solução, por meio de um fazendeiro australiano, o qual formulou uma receita de sucesso baseada no uso do arsênico em diluição na água e para utilização em banho, a qual é instituída como oficial pelo governo da Austrália.
Durou pouco essa tranquilidade no controle do carrapato, uma vez que em 1937 foi detectada resistência de populações do carrapato ao arsênico.
No Brasil, populações resistentes ao arsênico começaram também a aparecer em 1946, e foram controladas com BHC, DDT, e outros produtos do grupo químico dos organoclorados.
E desde aí essa luta contra os carrapatos só tendeu a aumentar.
A despeito de todo o investimento feito pela indústria química em pesquisa e desenvolvimento, sucessivamente o carrapato foi sendo capaz de desenvolver estratégias para escapar da intoxicação pelos carrapaticidas que foram sendo colocados no mercado.
Depois de, no mínimo, cinquenta anos de estudos em relação ao comportamento do carrapato diante dos carrapaticidas, resta muito a saber, porém já é possível conhecer muito dessa relação e, com certeza, evitar os erros do passado e do presente, responsáveis em parte, pelo atual estado de disseminação da resistência entre as populações do parasita no Brasil.
Para poder-se trabalhar com os carrapaticidas, primeiro é necessário que se conheça um pouco sobre eles.
No mercado existem diferentes famílias de carrapaticidas, com formas de ação e maneiras de aplicação diferentes.
Os carrapaticidas são classificados em famílias ou grupos químicos. Com o passar dos anos,