Controle Democrático
O Serviço Social é uma profissão que se situa na divisão sócio-técnico do trabalho, a partir de um projeto reformista conservador, que tinha como orientação a doutrina social da Igreja, pensamento conservador e o estrutural-funcionalismo norte-americano, onde o método era associado ao pragmatismo da intervenção imediata sobre os “casos sociais”. Diante às novas exigências e demandas postas aos assistentes sociais surge o Movimento de Reconceituação no Brasil, instalando o processo de ruptura do serviço social conservador, onde as assistentes sociais veem a necessidade de construir sua teoria metodológica e teórico-filosófico. Apenas no final da década de 1980 e início de 1990 que é amadurecida as proposta do Movimento de Reconceituação, a partir do engajamento da profissão com os movimentos sociais. Segundo Netto (2005) a herança deixada pelo Movimento de Reconceituação foi a base para o processo de renovação do Serviço Social Brasileiro.
Um dos eixos que agrega o projeto ético-político profissional do Serviço Social é o Código de ética de 1993 que busca a construção de uma nova ordem social, visando a liberdade como valor ético central, a garantia dos direitos civis, políticos e sociais das classes trabalhadoras, na democracia. “O projeto ético-político representa um posicionamento ético e político em favor da “democracia como valor ético universal” e sinalizadora de uma nova práxis para o serviço social pautada em uma visão crítica e propositiva da realidade” (Ângela Neves).
Um assistente social profissional deve ter um perfil articulador, gestor, pensante de política, que crie Conselhos, Conferências e Orçamentos para se posicionar a favor das classes subalternas, buscando garantir seus direitos como cidadãos e como sujeitos políticos. Segundo Iamamoto (1998) o assistente social deve buscar construir uma cultura pública democrática onde a sociedade tenha um papel questionador e propositivo, o que coloca o assistente social como