Controle de organismos contaminantes de doenças em bacias hidrográficas
INTRODUÇÃO No mundo, cerca de 30 mil mortes acontecem todos os dias devido à falta de água potável e de tratamento de esgoto, fatores que facilitam a transmissão de diversas doenças. Os óbitos causados pela contaminação de água ocorrem por desidratação e diarréias provocadas por micróbios e atingem em sua maior parte, crianças das classes mais pobres. Estudos mostram que no Brasil, mais de 3 milhões de famílias não dispõem de água tratada e a quantidade de famílias sem tratamento de esgoto, ultrapassa esse número em quase três vezes mais. As enchentes, após o recuo das águas, também trazem alto risco de contaminação a população e aumentam a proliferação de vetores de doenças, como ratos e mosquitos. As doenças, muitas vezes são causadas pelo simples contato ou com a ingestão da água contaminada. A água é essencial à manutenção da vida. A proteção de contaminações no fornecimento de água é a primeira linha de defesa (Dahi, 1992). Para a diminuição ou até mesmo a erradicação dessas inúmeras doenças advindas da contaminação das águas, é necessário o acesso a água potável e condições mínimas de higiene. Ou seja, é a promessa que ouvimos dos candidatos políticos em todas as eleições: Saneamento básico para todos. Segundo a Lei do Saneamento Básico (apelido dado para a Lei Ordinária N.º 11.445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece as diretrizes básicas nacionais para o saneamento), Saneamento básico é definido como o “conjunto de serviços, infra-estruturas e instalações operacionais de:” abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais. Em se tratando de saúde pública, estudos comprovam que, aproximadamente, cada 1 real investido em saneamento básico têm-se uma economia de 4 reais com assistência médica. E o acesso à água limpa e ao esgoto reduziria em pelo menos um quinto a mortalidade infantil.