Controle da Qualidade
Farmacêuticas
Básica e Aplicada
Rev. Ciênc. Farm. Básica Apl., v. 27, n.3, p.177-187, 2006
ISSN 1808-4532
Journal of Basic and Applied Pharmaceutical Sciences
Aplicação do controle estatístico de processo na indústria farmacêutica
Lima, A.A.N.1; Lima, J.R.1; Silva, J.L.1; Alencar, J.R.B.3; Soares-Sobrinho, J.L.1; Lima, L.G.2; Rolim-Neto, P.J.1*
1
Laboratório de Tecnologia dos Medicamentos, LTM, Departamento de Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal de Pernambuco, UFPE,
Recife, PE, Brasil.
2
Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco S/A, LAFEPE, Recife, PE, Brasil.
3
Centro de Tecnologia, Escola de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Recebido 01/11/06 / Aceito 05/03/07
A dinâmica das Boas Práticas de Fabricação e
Controle dentro da indústria farmacêutica tende a incorporar conceitos de otimização de processos, redução de perdas e gestão ambiental plena, além das já consagradas práticas de monitoramento específicas para a produção de medicamentos, conforme mostramos em publicação de nossos dados (Alencar et al., 2005a).
Processo é um conjunto de causas que provoca um ou mais efeitos (Campos, 1992) ou qualquer atividade que recebe uma entrada, agrega-lhe valor e gera uma saída para um cliente interno ou externo, fazendo uso dos recursos da organização para gerar resultados concretos (Harrington,
1993). Na indústria farmacêutica de hoje, o controle de processo está cada vez mais sincronizado com outras operações, controles de fabricação, e aplicações de gerenciamento de projeto (Abel, 2002).
A atenção rigorosa aos requisitos de Boas Práticas de Fabricação (BPF) de medicamentos tem colocado as empresas sob vigilância constante no que concerne aos seus sistemas de qualidade. As BPF são aplicáveis a todas as operações envolvidas na fabricação de medicamentos, e o cumprimento das BPF está dirigido primeiramente para a diminuição dos riscos