controle biológico

1. INTRODUÇÃO

A história da economia agrícola brasileira registra no passado atividades de monoculturas, mais particularmente a da cana-de-açúcar, caracterizada pelos senhores de engenho. Essa fase da história era caracterizada pela concentração de renda e do poder econômico em que minorias eram privilegiadas comparadas a uma maioria escrava.

Nesse século, temos algumas similaridades com as monoculturas do passado. Os senhores de engenho foram substituídos pelas usinas de álcool e açúcar controladas por minorias familiares ou grandes grupos financeiros detentores de um grande volume de capital, que dominam o setor de produção e processamento de cana-de-açúcar.

A cultura da cana de açúcar tem se expandido por todos os estados brasileiros, colocando o país em destaque como um dos líderes mundiais na produção de açúcar e álcool.

No momento em que os olhos do mundo estão voltados para o aquecimento global, a tecnologia brasileira na obtenção de cana de açúcar tem servido de modelo para os demais países.

Dentro desta visão, devem-se realizar novas estratégias na cultura que aperfeiçoam a produção de cana e que sejam coerentes com a produção sustentável. O crescimento da área plantada com cana de açúcar proporciona um aumento em outros setores da economia nacional, como a produção de fertilizantes e de agrotóxicos. Mas o uso excessivo destes insumos pode interferir diretamente no meio ambiente, e uma boa alternativa neste caso é a adoção do controle alternativo de pragas e doenças. A cana de açúcar abriga numerosas espécies de insetos, sendo que alguns podem ocasionar grandes perdas nas lavouras acarretando sérios prejuízos econômicos.

Nos canaviais, Diatraea saccharalis popularmente conhecida como broca da cana de açúcar é considerada a mais comum e também a principal praga, por causar prejuízos diretos e indiretos à cana.

O controle biológico surgiu como método de controle da broca substituindo substâncias químicas