Controlamos o cérebro ou vice-versa?
A escolha deste tema foi resultado de uma decisão da minha parte ou foi determinada pelo meu cérebro?
Uma experiência no Instituto Max Planck, em Berlim, Alemanha, no ano de 2008, revelou que quando decidimos mover uma mão, a decisão pode ser vista no cérebro, por ressonância magnética, antes de termos consciência de que tomámos uma decisão.
O desfasamento, diferença de fase entre a decisão do cérebro e a consciência da ação, é de cerca de seis segundos. Durante esse tempo, a mente está decidida, contudo o consciente não reconhece a decisão até a mão se mover. Uma interpretação disto é que a consciência, aquilo em que pensamos como “nós”, é apenas um passageiro dentro de um autómato determinista.
O cérebro inconsciente e o corpo vão gerindo a nossa vida e só informam a mente consciente quando necessário, para preservar uma sensação de livre arbítrio. No entanto, também é válido dizer que quando tomamos uma decisão, há sempre algum processamento de fundo a decorrer, que a mente consciente ignora por conveniência. Da mesma maneira, os olhos projetam uma imagem invertida na retina, porém o inconsciente acerta-a.
O experimento da fenda dupla, de Benjamin Libet, também ajuda a responder a esta questão, pois revela que o cérebro começa a agir antes mesmo da pessoa “decidir” que vai realizar a ação, isto é, o cérebro inicia o movimento, nós ficamos cientes da ação iminente e a ação acontece.
Até mesmo Albert Einstein afirma que tudo está predeterminado, dizendo que nós podemos decidir o que queremos (por exemplo, posso decidir que vou escolher este tema), mas não podemos decidir o que vamos decidir.
Em suma, as nossas ações são controladas pelo cérebro.
Bibliografia: http://dharmalog.com/2013/07/11/voce-nao-esta-no-controle-2-gary-weber-einstein-e-ramana-maharshi-e-como-tudo-esta-predeterminado/ VILLAZON, Luís. Quero Saber: a revista que desperta a sua mente. Nº 24, Setembro 2012. p.86
Carlota Barbosa nº5 –