Controladores inteligentes para redes de instrumentação
1. Introdução
O controlador é um dispositivo do sistema de controle que permite o controle de um processo industrial. Este dispositivo, entretanto, não atua sozinho em um sistema de controle, necessitando de outros coadjuvantes que permitam um trabalho em conjunto e satisfatório ao sistema, como atuadores e sensores. Visto que os dados coletados pelos sensores são processados nos atuadores e para que o controle seja garantido é preciso o acionar estes atuadores.
Em vias gerais, num sistema de controle, o controlador recebe o sinal padrão do transmissor e utiliza-o para executar cálculos a fim de manter a variável do processo sempre dentro dos seus parâmetros seguros e normais de operação, atuando para tanto num elemento final de controle que é responsável por corrigir a variável medida. Os sistemas de controle datam do século passado com os controles de velocidade de máquinas a vapor de James Watt. Neste tempo os controles eram totalmente manuais do tipo liga-desliga (on-off) utilizando indicadores locais de temperatura e pressão e atuadores pneumáticos de válvulas. Entre 1915 e 1930, surgiram os primeiros controles proporcionais e registradores gráficos montados em campo. Após este período, os controles de ganho ajustável mais derivativo e o conceito de se ter uma sala de controle central passaram a ser desenvolvidos e com isto surgiu a necessidade também da transmissão das informações para o centro de controle, suprida através da criação dos transmissores pneumáticos e do primeiro padrão de transmissão de sinais utilizando pressão proporcionais aos sinais de entrada [0,21 a 1,05kgf/cm² – 3 a 15 PSI (libra por polegada ao quadrado)]. Com o impulso produzido pelo advento dos transistores no final da década de 1940 veio também a utilização de controladores eletrônicos analógicos e transmissão de sinais em valores de corrente,