Contribuições de Tucídides para as relações internacionais
Tucídides era de família aristocrata em Atenas, foi historiador e contraiu a peste que abalou a cidade. Ele escreveu um tratado político objetivando seu ponto de vista imparcialmente, exclusivamente sobre a Guerra do Peloponeso na mesma época da guerra. Influenciado pelos sofistas que estudavam o homem na sociedade, apesar de se mostrar diferente deles, começou observar e descrever os fenômenos históricos a partir de suas visões da sociedade e analisou o desenvolvimento dos fatos a partir do comportamento humano para ter entendimento sobre quais circunstâncias o rodeiam, sendo o primeiro a utilizar a razão e exame cuidadoso da história do seu tempo.
Sua obra mais famosa foi “História da Guerra do Peloponeso”. Ela orienta os assuntos da política como a competição interna dentro do Estado ou uma nação e as relações internacionais em tempos de guerra e paz.
A Guerra Fria- entre EUA e URSS- foi comparada a Guerra do Peloponeso e a queda de Atenas com as relações internacionais atuais. Os estudiosos da teoria realista de relações internacionais consideram Tucídides seu fundador e que seus estudos foram importantes para as decisões militares, políticas, diplomáticas e de guerra, afetando povos e nações.
A Guerra do Peloponeso foi um conflito entre Atenas e Esparta ocorrida em meados do século V na Grécia Antiga. Atenas era a principal cidade-estado da Grécia e liderava a Liga de Delos- com sede em Delos, responsável por objetivar o combate aos persas, arrecadando dinheiro, homens e barcos das cidades aderidas à confederação-, dominando o poder marítimo, enquanto, Esparta liderava a Liga do Peloponeso, com um exército forte e bem treinado.
Motivos da guerra: Hegemonia de Atenas sobre demais cidades gregas; diferenças culturais entre Atenas e Esparta; interesse dos atenienses em dominar o Golfo de Corinto, a rota para Sicília e a Itália meridional.
Para Tucídides, Atenas era uma potência hegemônica, oferecendo segurança aos aliados, devido à