Contribuição da Teoria das Representações Sociais para os direitos das crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional.
Existem interferências numerosas e diversificadas, de caráter político e cultural, entre as demandas e representações sociais, de um lado, e a formulação da política pública, de outro, portanto é importante conhecer os projetos políticos dos movimentos sociais e apreender algumas das dimensões.
A situação de institucionalização no Brasil é uma medida de proteção judicial para crianças e adolescentes que se encontram em situação de vulnerabilidade social. Porém, esta se encontra ainda hoje, com políticas de funcionamento contrárias, pois, ao mesmo tempo em que protege, exclui seus abrigados do contexto social.
Infelizmente na maioria dos casos, a legislação proposta pelo ECA não é cumprida como deveria ser. Penso numa representação dos abrigos como instituições que, além de não cumprirem completamente sua função de proteger e acolher crianças e adolescentes em situação de risco ou com seus direitos violados, acabam por desenvolver processos de exclusão de seus abrigados, mesmo que sejam órgãos sociais organizados, e funcionem como apoio social, mas não incluem e sim excluem, e na maioria das vezes os sujeitos são agentes passivos e não ativos de seu processo de desenvolvimento, por isso é preciso escutar a criança e adolescente
A partir desta concepção, fazendo um paralelo com a palestra da aula inaugural ministrada pela professora Maria da Penha de Lima sobre Representações Sociais, para se compreender o que as crianças e adolescentes pensam sobre as instituições abrigo, pode-se recorrer a Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici que surgida em 1961 pode ser um instrumento bastante útil nesta tarefa, este autor defende a ideia de que indivíduos e grupos não são receptores passivos de informações ou estímulos, como expressam as teorias positivistas, mas participantes da sociedade, elaboradores de um pensamento