Contribuicao indígena para a gastronomia capixaba
Bem antes da chegada dos portugueses ao Brasil, os indígenas já conheciam diversos produtos cultivados para a alimentação e para a produção de bebidas. Diversas frutas eram usadas para a alimentação e bebidas, além de condimentos como o milho, mandioca e aipim.
Além da caça e a pesca, uma das maiores contribuições dos indígenas na nossa alimentação foram os produtos derivados da mandioca. A farinha de mandioca é um dos produtos mais consumidos no País e se agregou aos pratos de origem africana e portuguesa como ingrediente indispensável. A tapioca muito utilizada para fazer Beiju, mingau, entre outros produtos, também possui origem na culinária indígena.
Herdou-se dos indígenas também, a moderação no uso do sal e dos condimentos, a cozinha com o forno e fogão, a utilização de utensílios de cerâmica, as virtudes do consumo de alimentos frescos, e as comidas temperadas pelas mãos.
Peixes moquecados, caças e frutas da estação, já estavam presentes na alimentação quando o Brasil foi descoberto, porém os indígenas não agrediam ou colocava em risco a estabilidade do meio ambiente.
A tradição pesqueira e a herança da cultura indígena influenciaram a culinária capixaba.
Entre os pratos típicos mais famosos, citam-se a torta capixaba e a moqueca, a muma de siri e a caranguejada. Famosa internacionalmente, a moqueca capixaba é o prato mais conhecido da culinária do Espírito Santo. O nome “moqueca” designa um estilo de preparar o alimento que consiste no cozimento sem água, apenas com os vegetais e frutos do mar.
Logo em seguida, vem a torta capixaba, preparada com vários frutos do mar, como siri desfiado, camarão, ostra e sururu, além de bacalhau e palmito.
A técnica de catar o crustáceo é a mesma que já utilizavam os indígenas, fartos comedores de caranguejo.
A panela de barro é, sem dúvida, uma das maiores expressões da cultura popular do Espírito Santo. Desde a sua origem - nas tribos indígenas que habitaram o litoral do Estado - até os