contribuicao indigena
A travessia do Atlântico durava em média três longos meses. Como sobreviver no mar todo esse tempo? Em 1998 Portugal sediou a grande feira mundial Expo 98. Uma de suas atrações foi uma réplica de uma caravela usada na época do descobrimento do Brasil, há 500 anos. Nela havia um curral, onde ficavam as vacas que forneciam o leite fresco aos navegadores. Um galinheiro, que fornecia ovos frescos e carne. Além de outros animais domésticos, como as cabras.
Havia um cozinheiro que preparava as refeições e cuidava para que os grãos que traziam para subsistência não estragassem ou fossem devorados por insetos. O açúcar? Bem pouco. Só os ricos nessa época consumiam tal iguaria. As classes mais abastadas usavam mel para adoçar suas sobremesas. As receitas portuguesas faziam parte da bagagem que esses homens traziam. E com certeza, cada um tinha seu modo de preparar sua comida.
O Espírito Santo, como foi chamada a capitania hereditária, em homenagem ao domingo de Pentecostes, tinha como limite leste um extenso mar/ oceano com águas verdes e calmas. E era dessa água que os índios tiravam seu sustento. O pescado existia com fartura. “Aterra é mui abastada de pescado”, disse Afonso Brás, em 1551, salientando essa fartura. Das pedras tiravam mexilhões,