Contratualistas
Ao estudar os três contratualistas, Hobbes, Locke e Rousseau observamos diversas semelhanças e diferenças em suas ideias, com destaque para as noções de concepção de natureza humana, liberdade e propriedade privada. Thomas Hobbes, o primeiro contratualista que estudaremos, tem a intenção de legitimar a soberania. Antes dele o poder era de um representante escolhido por Deus, mas estávamos muito evoluídos para isso, então Hobbes cria justificativas para o poder absoluto. Apesar de suas ideias se ajustarem a qualquer forma de governo é a monarquia que seduz mais o pensador. Não existe sociedade sem Estado para ele. Hobbes diz que o homem é livre e luta pela vida, tem a liberdade incondicional para preservá-la, portanto pode estar a qualquer momento pensando em matar (homem opaco – suspense), ataque como a melhor defesa. Surge então uma situação de guerra de todos contra todos que se torna insuportável, por isso se cria o contrato social. No contrato social Hobbes minimiza a liberdade e a igualdade (que leva à guerra) para promover o soberano. O homem cede todos os seus direitos, exceto o direito de proteger sua vida, ao soberano, que não é necessariamente uma pessoa, e sim um cargo. O soberano (soberania) tem a função exclusiva de assegurar a vida, e para isso pode tomar qualquer providência, sem que ninguém possa julgá-lo. Mesmo que a soberania pertença a um tirano miserável a situação é melhor do que a constante guerra de todos contra todos. O medo ajuda na manutenção do Estado, o terror seria insuportável, mas o medo ajuda a manter o governo. O soberano descumpre o contrato social quando decide matar alguém que está ameaçando outras vidas, para que sirva de exemplo e gere medo, a morte ocorre em praça pública, o condenado pode fazer o que bem entender para proteger sua vida, afinal não faz mais parte do contrato. Hobbes é considerado um pensador maldito pela burguesia, pois ele priva-os de terem propriedade privada, negando esse