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CISTO DE FÍGADO (HEPÁTICO) SIMPLES
É uma lesão relativamente comum.
Cisto hepático simples é geralmente de origem congênita, sendo mais prevalente no sexo feminino e na quinta década de vida. É formado através da obstrução ou ausência de conexão entre os ductos biliares intra-hepáticos e os extra-hepáticos. Sua parede apresenta epitélio cubóide semelhante às células do ducto biliar.
Os pacientes são geralmente assintomáticos, e seu diagnóstico é, na maioria dos casos, um achado durante exames de imagem. A sintomatologia mais comum, quando existente, é o desconforto em hipocôndrio direito, ocasionado geralmente por cistos maiores que 5.0 cm. Cistos hepáticos apresentam baixa taxa de complicações, sendo hemorragia e infecção as mais comuns.
2.1-Diagnóstico de cisto hepático
Cisto hepático simples é facilmente diagnosticado pela ultra-sonografia, pela tomografia computadorizada ou pela ressonância nuclear magnética. Apresenta líquido em seu interior, sem presença de septações e com parede delgada. Cisto simples pode apresentar septações, porém estas não são verdadeiras e sim resquícios de ductos biliares. Ausência de septações é 100% prediletor de cisto hepático simples.
Tomografia Computadorizada – cisto hepático de 13 cm. Características morfológicas: cisto de paredes finas e conteúdo homogêneo
2.2-Tratamento
A maioria dos pacientes são assintomáticos (90-95%), não necessitando de intervenção, sendo acompanhados anualmente por ultra-sonografia. Porém em cistos grandes (maior 5.0cm) ou associados à sintomatologia (dor severa, náuseas, vômitos ou colestase) o tratamento pode ser cirúrgico (laparoscópica ou aberta) ou por drenagem percutânea, guiada por tomografia ou pela ultra-sonografia, associado a escleroterapia com álcool. Essa terapia apresenta a vantagem de ser menos invasiva que a cirurgia aberta ou laparoscópica; Entretanto a escleroterapia com álcool pode levar a colangite esclerosante provavelmente