Contrato Audiovisual
BACHARELADO EM AUDIOVISUAL
Rebecca Zaroni de Toledo Reis
“O CONTRATO AUDIOVISUAL” DE MICHEL CHION
SÃO PAULO – SP
2014
Antes de começar a comparar o texto de Michel Chion com algum programa de televisão, vou falar um pouco sobre os pontos mais importantes do texto. O texto se inicia falando sobre as projeções de som sobre a imagem, ou seja, como vemos as imagens e planos encadeados pelo som e a ilusão audiovisual. Michel Chion quer nos dizer que quando nós vemos alguma cena de um filme com o som ou sem, trazem significados totalmente diferentes, por tanto é como ele diz no texto: “Toda sequência perdeu seu ritmo e sua unidade”. Sem dúvidas o som enriquece qualquer imagem, mas o que nós precisamos saber é se o som acaba sendo expressivo ou informativo e isso se dá ao sincronismo da imagem e som, estabelecendo uma relação imediata e necessária entre qualquer coisa que se vê ou qualquer coisa que se ouve, mas antes disso preciso falar sobre a importância do texto sobre a imagem, pois o cinema é vococêntrico e mais precisamente, verbocêntrico. O que quero dizer é que a fala é como se fosse um instrumento solista, e os outros sons, como ruídos são acompanhamentos, isso deve-se também ao nosso cotidiano, ou seja, se o ser humano ouvir vozes no meio de outros sons, como: sopro de vento, música, veículos, são as vozes que se concentram e captam sua atenção e só depois de algum tempo você poderá se interessar pelos outros sons. O texto só acrescenta e estrutura a visão, não estamos falando de narrar tudo que nós vemos, mas sim criar uma redundância ilusória, fazendo com que guie e estruture a nossa visão tão bem que teríamos visto naturalmente. O valor acrescentado pela música pode nos criar no cinema duas formas de emoção: efeito empático (emoção na cena, ritmo e movimento) e anempático (reforça a emoção individual do personagem, não só pela música mas também em ruídos, como no filme