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Lesão do Plexo Braquial
Loressa Rachel, Daniela Vincci Lopes
INTRODUÇÃO
O plexo braquial é o lugar onde as raízes nervosas da medula espinhal se reúnem e reorganizam antes de serem redistribuídas para inervar os músculos e a pele do braço. Há cinco raízes envolvidas no plexo, as quais saem da cavidade torácica inferiormente a clavícula, através da axila.
DEFINIÇÃO
A lesão do plexo braquial pode ocorrer com qualquer força exercida sobre o plexo capaz de provocar lesão das raízes superiores, inferiores ou ambas. Essa força pode traumatizar, estirar ou avulsionar as raízes nervosas causando lesão dos nervos.
Quando ocorre durante o parto, a lesão do plexo leva o nome de paralisia braquial obstétrica (PBO).
INCIDÊNCIA
As lesões do plexo braquial ocorrem em 0,4 a 2,5 em cada 1.000 partos. A incidência da paralisia do plexo braquial diminuiu muito após os obstetras começarem a reconhecer a importância da desproporção da cabeça do feto com a pelve materna, adotando métodos para abreviar essa complicação.
A paralisia de Erb é o tipo mais comum de lesão do plexo braquial, ocorrendo em aproximadamente 80 % das lesões que acontecem durante os partos de nádega. A paralisia de Klumpke é relativamente rara e ocorre em apenas de 1 % das lesões do plexo braquial.
ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
Os fatores que levam à lesão do plexo braquial incluem lactente com alto peso ao nascimento, trabalho de parto prolongado, desproporção entre o ombro do bebê e o canal do parto, apresentação pélvica com cabeça derradeira e parto com fórceps.
A lesão do plexo braquial ocorre mais comumente devido ao estiramento exagerado, resultante de tração intensa do ombro do recém-nascido, durante a extração da cabeça em parto de apresentação pélvica ou mesmo em uma apresentação cefálica, quando se utiliza excesso de força nas manobras rotineiras para retirar o feto. Com relativa freqüência, ocorre em bebês grandes nos quais pode existir