contrastes
Substância iônica oferece mais dano à saúde
Os contrastes de iodo, usados em tomografias computadorizadas, podemvariarentre iônicos e não iônicos. Os dois apresentam a mesma função. A diferença é a osmolaridade (quantidade de partículas dissolvidas no soluto), maior nos iônicos, o que pode provocar mais reações alérgicas. De acordo com o radiologista da Clínica de Diagnóstico por Imagem do Paraná (Cedip) Marcus Vinicius Gusmão Cabral, os contrastes iônicos são mais concentrados, o que aumenta a possibilidade de reação no corpo humano.
“É uma questão química, mas os contrastes iônicos são mais arriscados para o paciente.” Segundo Cabral, o preço dos contrastes de iodo não iônicos costuma ser um pouco mais alto do que o dos iônicos. “Em média, um custa metade do preço do outro, em torno de R$ 30 a R$ 60. Isso faz com que os laboratórios particulares adotem os contrastes não iônicos, para evitar problemas com os pacientes.” No Sistema Único de Saúde (SUS), no entanto, os contrastes mais utilizados são os iônicos.
O uso de contrastes é recomendado por radiologistas para tornar exames por imagem mais sensíveis. Em tomografias e raios X, o produto pode evidenciar problemas em regiões vascularizadas. O mesmo ocorre em ressonâncias – recomendadas principalmente para diagnósticos no crânio, coluna, abdome e articulações. Os contrastes são líquidos e incolores. Um pouco antes do exame, eles podem ser aplicados na veia ou, no caso dos iodados, administrado por via oral ou retal.
Reações
:Coceira, irritação, tontura e vômito. Essas são algumas das reações que podem ocorrer em quem faz diagnósticos por imagem. Isso porque muitas tomografias computadorizadas, ressonâncias magnéticas e raios X utilizam contrastes com elementos químicos como o iodo e o gadolínio, que ocasionalmente provocam efeitos colaterais nos pacientes. Em casos raros, podem até levar à morte.
Para o médico radiologista do Hospital Erasto Gaertner,