Contradição na Educação Pública - Língua Portuguesa.
Ligo a tv e vejo: “Faltam mais de quatro mil leitos nos hospitais de Porto Alegre!” Na sequência o Jornal faz a chamada do Fantástico: “Até padres estão entre os funcionários fantasmas da Assembleia Legislativa de...!” Na mesma reportagem escuto: “As pedras mais preciosas do mundo estão sendo contrabandeadas do Brasil para outros países!” Inconfidência Mineira? Bah! Mas e a Revolução Francesa? Esqueçam! Brasil é Brasil.
Abro o livro didático para prepara aulas e leio: “Oração Subordinada!” É, isso mesmo que você leu! “Oração Subordinada!” Aí eu pergunto a você! Para que serve saber o que é a Lerda...da Oração Subordinada? Por acaso quando alguém padece na fila dos hospitais público é por que não sabe o que é uma ORAÇÃO SUBORDINADA? Afinal, quando um cidadão vai escolher o seu representante é preciso saber o que é UMA ORAÇÃO SUBORDINADA? É, talvez eu esteja mesmo ficando velho e se sem saco para tanta contradição. Eu sei tudo isso! Serviu para quê? Até agora nem para passar o último concurso do magistério. Que diga-se de passagem foi coisa de outro mundo! Um concurso onde o professor de Português não precisa saber escrever, saber dissertar, saber colocar a sua ideia num papel...não se pode esperar muito. É. Isso mesmo. O último concurso para professor, aqui do Rio Grande do Sul, não havia produção de texto. Bastava marcar um X! E depois vem o Estado exigir que o aluno saiba dissertar na prova do ENEM! Como o aluno vai saber produzir um texto dissertativo se o próprio professor não sabe? É o fim da educação!
Ainda na mesma reportagem vejo os estádios lotados. Gente pagando para ver gente que ganha muito mais dinheiro do que muita gente. Penso! Será que sou gente? Nada contra a ir aos estádios. Tem de ir mesmo! Torcer, berrar e sapatear, para poder colocar os fantasmas para fora do corpo. Sem ser piegas, fico com a frase do velho poeta Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena se a alma não é pequena!” Mas, vem cá!! Onde fica a leitura do mundo real? Será