CONTRADI ES DO MARXISMO
Existem quatro principais contradições no marxismo, uma das quais considerada como sendo “fundamental” porque não pode ser atribuída a nenhum fator circunstancial-por exemplo, a inexperiência inerente à juventude de Karl Marx.
O que está na fundamentação ideológica do marxismo não é a “igualdade” e a “justiça”, estes aspectos são as projeções políticas da ideologia que são apresentadas aos povos.
O que Karl Marx pretendeu foi um corte caprichoso com esta de “ser humano” que racionalmente co-existiu com o pensamento tradicional. Para Marx, o que distingue o ser humano de um outro animal qualquer não é a razão mas sim o trabalho; a razão humana, para Marx, é subordinada à ação.
Na construção da teoria de Marx esteve presente uma necessidade de protagonismo pessoal que ditou uma sua revolta consciente em relação à lógica da filosofia tradicional, ou seja, Marx partiu da emoção – e não da razão racionalizar a base emotiva de onde tinha partido.
1. “O trabalho criou o homem”;
2. “A violência é a parteira de toda a velha sociedade prenhe de uma nova”;
3. “Os filósofos têm-se limitado a interpretar o mundo de diferentes formas; o essencial, contudo, é transformá-lo”.
No primeiro ponto, Karl Marx segue à risca o ateísmo positivista aliado a uma visão darwinista específica que praticamente não distingue o ser humano de um outro mamífero qualquer.
No segundo ponto, Karl Marx desafia o pensamento filosófico tradicional segundo o qual a violência só se deve utilizar se não existir a hipótese de entendimento entre seres humanos através da palavra, Karl Marx glorifica a violência e despreza a palavra como forma de mediação de conflitos. Mas quando acabar a luta de classes, o que será feito da violência marxista?
No terceiro ponto, Karl Marx subordina o pensamento à ação, ou seja, subordina a razão humana ao trabalho animal.
A contradição fundamental consiste no facto de que entre a glorificação do trabalho e da ação – enquanto antagónicas à teoria