CONTRACEPTIVOS ARTIFICIAIS
Gregory Pincus (1903-1967), médico norte-americano, procurou desenvolver um processo de contracepção feminino. Em 1954 elaborou a primeira pílula, uma mistura de estrogéneos e progesterona de síntese artificial. A primeira pílula foi testada em mulheres voluntárias. Os resultados foram positivos, embora se tenham verificado efeitos secundários consideráveis. As investigações prosseguiram e em 1960 foi autorizada a venda de pílulas contraceptivas nos EUA. Desde a invenção da primeira pílula, grandes progressos têm sido efectuados. Não só foram produzidos novos derivados sintéticos das hormonas ováricas, mas também foram sendo reduzidas as dosagens em que são ministradas, reduzindo assim os efeitos secundários.
ACÇÃO DAS PÍLULAS COMBINADAS
Durante a utilização das pílulas combinadas, o aumento da quantidade de hormonas sexuais em circulação irá exercer um retrocontrolo negativo sobre o complexo hipotálamo-hipófise, inibindo a libertação de FSH e LH.
Nos ovários, sem o estímulo das gonadoestimulinas, os folículos não experimentam maturação, não ocorrendo ovulação nem formação do corpo amarelo.
No útero, uma vez que existem hormonas em circulação, existe um certo desenvolvimento do endométrio e ocorre menstruação quando se deixa de tomar a pílula. No entanto, o endométrio não se apresenta apto para a nidação.
Estas hormonas também têm algum efeito sobre o muco cervical, impedindo que fluidifique e dificultando assim a passagem dos espermatozóides.
Nos contraceptivos de baixa dosagem, seja pílula combinada ou progestativa,