Contra reforma
Foi a grande revolução espiritual que encaminhou o homem à modernidade. Não podemos considerar a Reforma uma simples manifestação de descontentamento, pois, ao romper a unidade do cristianismo ocidental, alterou profundamente a estrutura clerical e a visão sobre vários dogmas, como também uma revisão na essência da doutrina da salvação.
Período e localização
Os movimentos religiosos que culminaram na grande reforma religiosa do século XVI tiveram início desde a Idade Média, através dos teólogos John Wycliffe e Jan Huss. Esses movimentos foram reprimidos, mas, na Inglaterra e na Boêmia (hoje República Tcheca), os ideais reformistas perseveraram em circunstâncias ocultas às tendências que fizeram romper a revolta religiosa na Alemanha.
Principais características:
Umas das características mais fortes da Idade Média foi o papel da Igreja Católica. A Igreja não só ditava as regras como controlava a sociedade e a punia. A Santa Inquisição, tribunal medieval, era responsável pelo julgamento e sentença dos réus, tidos como hereges. Entende-se por herege aquele que não aceitava a ideologia cristã, promulgada pela Igreja. Fazia parte dessa ideologia “a simonia” (venda de relíquias religiosas, tidas como sagradas) e a cobrança de “indulgências” (perdão divino mediante pagamento). Descontentes com tais práticas, cristãos entraram em conflito com a Igreja Católica e fundaram suas próprias igrejas. Este episódio ficou historicamente conhecido por Reforma Religiosa.
CAUSAS:
. A interferência da Igreja e dos papas em assuntos políticos;
. O papas comportavam-se como príncipes e levavam uma vida de luxo e ostentação;
. O acesso aos altos cargos eclesiásticos, devido aos altos rendimentos que proporcionavam, era muitas vezes atribuído (e mesmo comprado) a pessoas sem qualquer vocação religiosa (simonia)
. Muitos padres e monges tinham uma vida imoral (vários tinham mulheres e filhos, contrariando o voto de celibato).
. A formação dos padres era