Contos de Fadas
Atualmente a criança é vista como ser ativo na sociedade em que vive. Durante seu desenvolvimento físico e psicológico são construídos valores que serão levados por toda sua existência. É sabido que na infância temos mecanismos próprios para assimilar tudo o que nos é proposto. Entre esses mecanismos está o imaginário, momento que pelo senso comum é dado como corriqueiro e fantasioso, mas apontado por pesquisadores e grandes profissionais da psicologia como um momento de processar os aprendizados e interiorizar a realidade que a criança normalmente não seria capaz de entender. Isso ocorre, muitas vezes, sob a forma de contos de fadas que, na visão de Coelho (1987) são narrativas surgidas das mais diversas fontes dando expressão a diversas problemáticas.
O presente trabalho teve como objetivo compreender a percepção e sentimentos da criança de até 6 anos de idade frente aos contos de fadas. Para tanto, a pesquisa baseou-se principalmente sobre os estudos de J. Piaget, L.S Vygotsky e Bruno Bettelheim, uma vez que os estudos realizados por esses nomes giram em torno do desenvolvimento humano apontando as particularidades dos processos cognitivos estruturados durante a infância.
Ao defrontar a realidade com a ficção a criança, de acordo com Bettelheim, entende melhor os conceitos sociais que a envolve. Por meio da fantasia do conto de fadas ela redireciona seus sentimentos solucionando conflitos internos. Desta forma, consegue vivenciar de modo mais ameno as fases do seu desenvolvimento sócio/cognitivo, diminuindo assim as chances de surgirem distúrbios psicológicos ligados a não assimilação destes conflitos.
Neste projeto os contos de fadas são inseridos em um contexto prático e evidenciados como ferramenta fundamental para a facilitação do desenvolvimento infantil, bem como para a interiorização, por parte da criança, de valores e noções de moral. Para tanto, foram efetuadas pesquisas bibliográficas.
2. OS CONTOS DE FADAS E O