Conto
O conto, como gênero literário da prosa de ficção, representa, consideravelmente, os acontecimentos humanos. Por sua brevidade, gera tensões condicionadoras de várias situações, narradas em um certo espaço de tempo.
Caracteriza-se por apresentar a narratividade como marca essencial. Além disso, apresenta brevidade, opondo-se à novela e ao romance, quanto à sua extensão. Outros elementos estruturais acentuam as especificidades do conto como gênero literário: o reduzido número de personagens; a concentração do espaço e do tempo em um único relato; e a ação que tende à simplicidade e à linearidade. Um texto, portanto, conciso e breve que busca, na “economia” das palavras, denunciar a condição de rapidez a que se encontra submetido. Sua dimensão de complexidade se dá na profundidade do que foi dito, provocando uma unidade de efeito, condição basilar de sustentação semântica.
Quanto à personagem, há, de maneira geral, um mergulho em seu mundo íntimo, de forma a buscar uma explicação para as “angústias” que a vida traz, remexendo em dilemas de natureza vária (social, existencial, comportamental, imaginária etc) a fim de encontrar um sentido, um “porquê”, para situações cotidianas que parecem não ter explicação. Por isso a desambientação, a perturbação interior e os desajustes entre o particular e o exterior, percebidos pelo leitor ativo, quando passa a ser informado e adentra nos fatos narrados, afim de compor o painel das circunstâncias.
A narrativa contemporânea, foco de minha atenção e prazer literário, trás no conto uma de suas expressões mais significativas, principalmente quanto à liberdade e eficácia comunicativa que marca seu percurso histórico. Da oralidade, o hábito de contar histórias, à imprensa, meio de vida dos artistas em épocas anteriores, o conto vem se firmando como uma forma sintética e magnetizante de contar histórias, hipnotizando o leitor e desafiando o escritor.
Conto
O conto é uma obra de ficção, um texto ficcional. Cria