Conto o enfermeiro analisado
Profª: Luciana
Disciplina: Teoria do Texto Narrativo
Análise do Conto - O Enfermeiro
Machado de Assis
O narrador do conto participa dos acontecimentos, portanto, ele é o protagonista da história que é narrada em 1ª pessoa e usa o discurso direto para contar a história. (se deu comigo, eu podia, etc.)
No enredo são apresentados os fatos, a complicação, o clímax e o desfecho da história, que é iniciado com uma pergunta do narrador / protagonista ao público / leitor aproximando-lhes da narrativa.
“Parece-lhe então que o que se deu comigo em 1860, pode entrar numa página de livro?”
No 2º parágrafo, o narrador situa o leitor com a história que será narrada, indicando que será uma narrativa dramática.
“Olhe, eu podia mesmo contar-lhe a minha vida inteira, em que há outras cousas interessantes, mas para isso era preciso tempo, ânimo e papel, e eu só tenho papel; [...] Adeus, meu caro senhor, leia isto e queira-me bem; perdoe-me o que lhe parecer mau, e não maltrate muito a arruda, se lhe não cheira a rosas.”
A partir do 3º parágrafo, o narrador Procópio fala da sua vida, da sua profissão sem grandes aventuras, até receber o convite que mudaria para sempre a sua vida.
“[...] aceitei com ambas as mãos, estava já enfarado de copiar citações latinas e fórmulas eclesiásticas.”
A complicação ocorre logo na chegada à vila. “Chegando à vila, tive más notícias do coronel. Era homem insuportável, estúrdio, exigente, ninguém o aturava, nem os próprios amigos.”
O equilíbrio se restabelece por algum tempo após sua chegada, mas logo o conflito ameaça o sossego de Procópio, que por diversas vezes quer desistir do emprego de enfermeiro do coronel Felisberto e diante dos pedidos, tanto do vigário quanto do próprio patrão, permanece em meio a momentos de grande tensão.
“Eu, com o tempo, fui calejando, e não dava mais por nada; era burro, camelo, pedaço d'asno, idiota, moleirão, era tudo.”
Procópio decidiu sair de vez, estava