Conto - Sempre no Coração
2425 palavras
10 páginas
Sempre no coração Ele era meu grande a... . Sem dúvida, mas por que teria desaparecido? Será que morreu? Será que realmente não me queria mais? Será que tudo o que ele me dissera naquela terrível noite era verdade? Será? Minha querida amiga Marcela sofria, sempre sofria. Será que eu devo contar a ela? O que fiquei sabendo tão recentemente que já nem esperava mais? Ela ficaria extremamente machucada, mas aliviada. Essa carta extraviada, ela explica tudo. Sou amiga de Marcela. Meu dever é ser franca com ela, portanto entregarei. Sempre fui uma grande amiga de Marcela. Sempre fui mais próxima dela do que de minha própria irmã. Conheci-a ainda criança, no jardim da infância. Crescemos, brigamos, rimos, vivemos e nos apaixonamos na pequena, porém turbulenta Uberaba. Sair de lá não foi fácil, mas ambas queríamos ser mais, queríamos nos aprimorar naquilo que gostávamos: ajudar as pessoas. Eu escolhi o Direito, sabia que o meu futuro estava ali. Marcela queria a Licenciatura em Pedagogia. Ela tinha um dom especial com as crianças. Seria muito bem sucedida. Passamos em excelentes universidades: eu na Universidade de São Paulo – USP, ela na Universidade Federal de São Paulo – Unifesp. Nossas aulas iniciariam em fevereiro de 2010. Ao chegarmos na capital, ficamos maravilhadas com tamanha diferença. Essa era a essência básica daquilo que sentíamos entre Uberaba e São Paulo. Mas, deixando toda essa caipirice de lado, vamos aos fatos. Duas adolescentes, eu com dezenove, ela com dezoito, sozinhas, com pouca responsabilidade. Até que um dia conheci Gustavo, meu veterano, terceiro período de Direito. Lindo, atlético, sexy, educado, vinte anos, cabelos escuros, pele clara. Um anjo em forma de gente que, paradoxalmente, despertava em mim as vontades mais pecaminosas. Nunca sentira aquilo. Era amor, desejo, paixão? Como denominar? Então contei a Marcela sobre Gustavo. Ela ficou extremamente feliz por mim. Aquela falsa! Falsa é você. Te enxerga, menina. Comecei a conversar com