Conto nordico
As rochas que formavam o caminho de escadas até o topo pareciam ser mais escorregadias do que o normal, e o frio era insuportável. Decidi me dar um descanso para que o sol alcançasse o topo do meio-dia e aumentasse um pouco a temperatura. Optei por uma cavidade dentro de uma rocha enorme, que era presa por outras da mesma forma ao lado, e parecia minimamente confortável, porém segura. Ao passar o outro lado da montanha, e atingir seu cume, o sol já refletia na neve, e seus raios, fugazes como lança hélica, me queimavam os olhos. Era um sinal que já ficara tempo demais à montanha, e o caminho a seus pés, tomava o rumo final.
Quando, já no horizonte, começo a ver a mudança da tonalidade esbranquiçada e cinzenta a um verde amarelado -pelo visto, pela seca-, outras árvores começam a tremer, agora sequencialmente, até uma moita de folhas -totalmente cobertas pela neve- também tremer, como se a mesma estivesse com tanto frio quanto eu. Por duvida pus em mãos minha maça, e brandei meu escudo à outra mão. O vulto saiu de dentro da moita correndo para um amontoado de rochas, aonde alguns ossos se dispunham de uma forma bizarra, aparentando um grande massacre de pequenos animais ali. Com um grito alcancei a