conto do botao-de-rosa

Conto Botão-de-Rosa
Murilo Rubião

"Numa segunda-feira de março, as mulheres da cidade amanheceram grávidas". O incrível no conto é que as mulheres engravidaram ao mesmo tempo. Botão-de-Rosa, o homem que seduziu, abusou de todas as mulheres da cidade.
O povo se revolta contra este homem, indo a sua casa para pegá-lo. A figura do sargento aparece, batendo em sua porta. Ao abrir a porta o sargento dá voz de prisão. Chegando à delegacia, Botão-de-Rosa é interrogado pelo delegado. No começo do questionamento, o telefone toca. O delegado atende e a conversa vai mudando o comportamento dele, ficando meio estranho. Era o "Maior", alguém que tinha poder às alturas naquela cidade. Quem era o "Maior"? Era o Juiz, que ordenou a mudança do ato exercido por Botão-de-Rosa. Ele não seria condenado por praticar estupro, mas sim, por traficar heroínas.
Vejamos aí, que o soberano o "Maior" toma todas as decisões. A justiça prevalece os poderosos, e que foda-se o povo. Neste conto de Murilo Rubião, o personagem Botão-de-Rosa representa um homem que leva perigo ao poder do soberano, pois seduziu todas as mulheres da cidade e poderia seduzir as demais pessoas, sendo querido por todos. O Juiz vendo o seu poder em perigo, coloca o povo contra Botão-de-Rosa. Diziam o povo: _ Lincha! Mata! Enforca!
Botão-de-Rosa foi julgado, tendo como defensor José Inácio, um jovem rapaz recém-formado, que não suportou a pressão do povo e ás subordinações do Juiz, oferecendo uma banca de advocacia. Condenado por pena de morte, após uma denúncia presente numa carta, dizia o promotor ser escrita por Judô, um dos componentes de guitarra, que afirmava ter visto o réu traficando maconha.
No dia seguinte, Botão-de-Rosa é levado para a praça pública, vazia, ninguém presente, onde sente falta de Taquira e de seus companheiros. Vendo que todos se esqueceram dele, só restava à morte, o momento em que oferece o pescoço ao carrasco.
Vivemos num mundo onde Botão-de-Rosa esteve presente. Estamos sendo