CONTINUIDADE E RUPTURA DO CONSERVADORISMO NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E OS DESAFIOS DE SUA OPERACIONALIZAÇÃO NOS CENTROS DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL.
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CONTINUIDADE E RUPTURA DO CONSERVADORISMO NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E OS DESAFIOS DE SUA OPERACIONALIZAÇÃO NOS CENTROS DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. Marcionília de Araújo Lima Neta1
Marielle Anne Morais Soares2
Resumo: O presente ensaio tem como objetivo fazer uma breve análise da evolução da assistência social desde as suas primeiras manifestações com ações emergenciais e descontinuas até sua execução enquanto sistema na oferta de serviços, programas, projetos e benefícios atuando na garantia de proteção social aos seus usuários. Dentro desta analise, apresentar os elementos de continuidade e ruptura do conservadorismo no CRAS tendo em vista que é o equipamento social considerado como porta de entrada para a política de assistência.
Palavras-chave: Assistência Social, CRAS, Política Pública.
Introdução Considerando que nas suas protoformas, bem como, historicamente, a assistência social esteve vinculada à prática da benesse com ações emergenciais e descontínuas, e que, a partir da promulgação da Carta Constitucional de 1988, assume um novo paradigma, o de política pública, este trabalho busca apresentar as nuances de renovação e conservadorismo no bojo desta política que vem sendo implementada desde 2004 com a aprovação da Política Nacional de Assistência Social – PNAS. Traz o espaço sócio-ocupacional do Centro de Referencia de Assistência Social – CRAS, para elucidar tais nuances, tendo em vista que é o principal equipamento social de operacionalização da política por constituir-se na porta de entrada do Sistema Único De Assistência Social – SUAS.
Capitalismo e a emergência da assistência social em suas protoformas O homem produz-se e reproduz-se em sociedade a partir da sua relação com o processo de produção. É na produção de bens e/ou serviços que o homem adquire os meios necessários para sua sobrevivência. Como o sistema de produção que hoje vigora desde que o sistema feudal ruiu é o sistema capitalista, a vida do homem é