contextos economicos
Um novo decálogo do saber
A crença de que o homem pode atingir a verdade absoluta e indubitável desde que siga estritamente os preceitos do método correto acabou por ser criticada no interior do Iluminismo do século XVIII. Segundo Figueiredo e Santi (2004), por diversos caminhos, no século XVIII, a quase onipotência do “eu”, da razão universal e do método seguro, afirmada no século XVII, foi criticada.
Iluminar, ilustrar, esclarecer, fornecer as luzes: a Luz, metáfora da razão desde Platão, torna-se, no século XVIII – o Século das Luzes. Na Inglaterra, na Itália e na Alemanha, proliferam idéias em seu nome, que se não se agrupam em um só movimento, têm o mesmo objetivo: combater o seu oposto, as trevas e o obscurantismo, seja ele filosófico, religioso, moral ou político. (Abrão, 2004)
Vidal (2005) aponta que o empirismo define os elementos básicos da psicologia do século XVIII: rejeição da idéias inatas; crítica dos “sistemas” e da metafísica abstrata e substancialista; apelo à observação e à experiência; e, finalmente, a convicção de que todo o conhecimento começa com as impressões sensíveis, de que as idéias correspondem a essas impressões e que as idéias complexas podem ser “decompostas” em elementos mais simples.
Em geral, os livros de história da psicologia não consideram a psicologia do século XVIII uma disciplina e situam-na no limbo de uma “pré-história” ou de uma história pré-científica. A razão pela qual a psicologia do século XVIII foi julgada pré-científica, filosófica ou especulativa parece derivar da suposição de que