contexto
O trabalho humano da forma como o temos hoje é fruto de intensas e profundas transformações das relações sociais, econômicas e políticas pelas quais passou o mundo no último século. Estas transformações foram de tal importância que trouxeram para a análise do trabalho a necessidade da transcendência à clássica divisão econômica de setores primário, secundário e terciário. Atualmente o mundo rural não é mais um espaço isolado sobre o qual se desenvolve um conjunto de atividades agropecuárias.
Estamos caminhando em direção a uma sociedade de forte complementaridade urbano-rural, na qual caberia ao rural, novos papeis além da oferta de alimentos e matérias-primas, especialmente aqueles relacionados à sustentação da vida no planeta. A diversidade se faz aí presente, seja nos tipos de produtos, na tecnologia empregada, nos mercados de insumos e produtos, seja entre atores sociais.
Através da imagem de Sebastião Salgado torna-se interessante resgatarmos, ainda que brevemente, a história do trabalho rural no Brasil como o intuito de melhor entendermos quem são os atuais atores sociais responsáveis por importante parcela da riqueza gerada nos campos deste país.
No Brasil, aproximadamente 17,8 milhões de pessoas estão envolvidas no trabalho rural, número que corresponde a 21,1% da população economicamente ativa do país.
A imagem representa os pés cansados dos trabalhadores que com tanto esforço, cuidam da terra, em condições precárias, sem materiais adequados e pouca estrutura.
Debaixo do sol escaldante, são obrigados a utilizar muitas roupas para se proteger do calor e das queimaduras causadas pela insolação.
Alimentam-se com o que trazem de suas casas em suas chamadas “marmitas” e a condução que os leva são os mesmos caminhões que carregam os alimentos que plantam e colhem. Com muito esforço físico, esses trabalhadores trabalham de sol a