Contexto Histórico do realismo em Portugal
Entende-se por "Realismo Literário" um estilo de escrita que toma a realidade como princípio orientador de criação artística por meio da palavra. Neste sentido, o Realismo pode ser percebido em texto de qualquer época, desde as primeiras manifestações da humanidade até hoje; mas, como movimento relativamente organizado, começou na segunda metade do século XIX, na França, difundindo-se por todos os países da Europa, com oposição declarada, ou não, ao sentimento romântico Os críticos e historiadores identificaram três diferentes momentos na literatura portuguesa romântica. O primeiro momento é de introdução das novas ideias. A primeira manifestação do Realismo literário em Portugal deu-se inicialmente após 1865, devido à polêmica Questão Coimbrã e às Conferências do Casino, como resposta à artificialidade, formalidade e aos exageros do Romantismo de uma sentimentalidade mórbida. Nas palavras de Teófilo Braga “a dissolução do Romantismo”. Nela se manifestaram pela primeira vez as novas ideias e o novo gosto de uma geração que reagia contra o marasmo em que tinha caído o Romantismo. Eça de Queirós é apontado, junto a Antero de Quental, como o autor que introduz este movimento no país junto ao Naturalismo, sendo o romance social, psicológico e de tese a principal forma de expressão.
Antero de Quental – Primaveras românticas
A obra Primaveras Românticas foi publicada em fevereiro de 1872. Contém as produções poéticas da juventude de Antero de Quental, as poesias de amor e fantasia compostas, em sua quase totalidade, entre 1860 e 1865, e que andavam dispersas por várias publicidades. Só foram reunidas em 1872 juntamente com outras do mesmo estilo e caráter.
Eça de Queirós – Biografia
José Maria de Eça de Queirós nasceu em 25 de novembro de 1845, numa casa da Praça do Almada na Póvoa de Varzim, no centro da cidade; foi batizado na Igreja Matriz de Vila do Conde. Em Coimbra, Eça foi amigo de Antero de