Contexto histórico da utilização dos recursos didáticos
Para uma maior compreensão sobre o que são os recursos didáticos e a sua importância na educação é preciso fazer um resgate histórico do tema, contemplando assim desde o contexto do seu surgimento até o reflexo desses recursos no ensino atual. Há uma infinidade de ferramentas e aparatos que podem ser utilizados para facilitar o processo de ensino-aprendizagem e a utilização desses elementos surgiu a partir das transformações sociais, tecnológicas e políticas mundiais atreladas ao desenvolvimento da psicologia e da preocupação com o papel da educação infantil na absorção de conhecimentos, fazendo com que nascessem teorias pedagógicas que justificassem o uso de materiais “concretos” em sala de aula, que com o passar do tempo tomaram feições diversificadas. Através de uma breve linha do tempo tem-se algumas teorias que dispensam o uso de recursos didáticos e outras que reconhecem a sua importância. Até o século XVI, as ideais que vigoravam eram de que a aprendizagem do aluno era passiva consistindo apenas de memorização de fórmulas, regras, conteúdos e verdades previamente estabelecidas, cujo uso de objetos facilitadores eram desnecessários, o professor nesse caso era um mero intermediador e os recursos como flanelógrafo, as réplicas grandes em madeira de figuras geométricas, desenhos ou cartazes serviam apenas para auxiliar a exposição, a visualização e memorização do aluno. Uma ilustração desse momento histórico pode ser vista no filme “O Sorriso de Monalisa”, na cena da primeira aula da nova professora. No século XVII, esse modelo de ensino foi bastante criticado por Comênio (1592-1671) considerado o pai da Didática, ele acreditava que deveria ser apresentada a juventude às próprias coisas, ao invés das suas representações, ou seja, o ensino precisava ser vivenciado a partir de contextos reais de aprendizagem e não só dentro, mas como fora do ambiente formal da “sala de aula”.