Contexto Historico - Partidos Militares no Brasil

Contexto Histórico

Os partidos militares foram criados em um contexto de profundas mudanças no país e no mundo. Muitos acontecimentos influenciaram suas ideias e suas atitudes.
O período de 1945 à 1964 condensou todos esses acontecimentos, que levaram ao golpe militar.
O fim da II Guerra Mundial e a tendência de abertura no mundo foi um dos fatores que levaram Getúlio Vargas a renunciar e organizar as eleições. Essa abertura foi chamada de "Transição pelo alto”. Nesse contexto, o governo instituiu a Lei Agamenon, na qual possibilitada o pluripartidarismo e exigia caráter nacional, entre outras obrigações.
Apesar de muitos setores políticos e da imprensa terem pressionado a saída de Vargas, houve grande comoção no país em apoio ao ex-presidente, nomeada de queremismo.
Na volta à democracia, foram estabelecidos três partidos principais: União Democrática Nacional (UDN), Partido Social Democrático (PSD) e Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
O primeiro tinha como vertentes principais: liberalismo, antigetulisto e intervencionismo. Era formado por oligarquias destronadas, grupos liberais com forte identificação regional e esquerdas. Com o passar do tempo e com a dificuldade de chegar ao poder revelou orientação antidemocrática. Seus candidatos foram: em 1945, brigadeiro Eduardo Gomes com 34,7% dos votos; em 1950, brigadeiro Eduardo Gomes com 29,7%; em 1955, Juarez Távora com 30%.
O PSD tinha como vertentes principais: pragmatismo, habilidade e conservadorismo. Eram conhecidos como as "raposas" da política brasileira, por sua disposição para "negociar" com diversas correntes de opinião. Foi criado de dentro para fora do Estado por funcionários públicos, grande maioria de dentro do Ministério do Trabalho. Seus candidatos em coligação com o PTB foram: em 1945, Marechal Eurico Gaspar Dutra com 55,3% dos votos; em1950, Getúlio Vargas com 48,7%; em1955, Juscelino Kubitschek com 36%.
O PTB tinha como vertentes principais: getulismo, trabalhismo, reformismo e