Contemporaneidade
Contexto
A França viveu um longo processo de consolidação do Absolutismo. Desde o final da Idade Média, os reis franceses foram absorvendo mais poder dos senhores feudais, seja através de guerras de conquista, seja por meio de casamentos. Este processo de construção do Absolutismo, ocorreu de forma simultânea ao surgimento dos Estados nacionais modernos. Do ponto de vista da estrutura social, o fortalecimento do rei e o enfraquecimento da nobreza feudal correspondeu à emergência da classe burguesa.
A burguesia era a classe social constituída pelos comerciantes, banqueiros e, a partir de certo momento, industriais. Ao poder econômico que conquistava, a burguesia precisava juntar o poder político que estava nas mãos do rei absolutista e da nobreza. A História da Revolução francesa é a história de como esta classe social alcançou o poder político, econômico e cultural na França, durante o século XVIII.
A difusão das ideias iluministas dava suporte a novas opções de organização política que negavam os principais pressupostos teóricos do absolutismo. O soberano, segundo os filósofos da ilustração, deveria ser o povo e não o monarca. Esta ideia era realmente revolucionária.
Questão para reflexão
Como podemos perceber os ideais iluministas hoje?
O enfraquecimento do poder real pode ser observado pela forma como a figura do rei e da rainha eram retratados pelo que podemos chamar de imprensa da época. Durante o processo revolucionário, tradicionalmente marcado pela data de 14 de julho de 1789, o rei acabou por ser guilhotinado.
Ao final da revolução, foi Napoleão Bonaparte quem conduziu os destinos da França e de boa parte da Europa; com reflexos na América, inclusive. A derrota de Napoleão foi oportunidade para a restauração das monarquias europeias. Em diversos Estados europeus, os monarquistas procuraram demonstrar a legitimidade de seus governos. Os europeus da primeira metade do século XIX não presenciaram apenas a