contarato social
Entender o contexto no qual filósofos como Hobbes, Locke e Rousseau, os denominados Contratualistas, se manifestaram a respeito da individualidade humana e de sua opção pelo Pacto ou Contrato Social, torna-se fundamental, vez que tais manifestações se dão a partir do surgimento das transformações sociais, culturais e políticas advindas principalmente das transformações econômicas que marcam o declínio e o fim da ordem feudal. Modernidade, as transações econômicas - estas destituídas de maiores preocupações com o todo político -, transformam as relações individuais numa busca pela liberdade, autonomia e conquistas, a partir de atos meramente econômicos, sem qualquer preocupação nem com a interação ética e pública, presente na Democracia Ateniense, nem com o convívio em comunidade e com a superioridade religiosa, a valorização do paraíso e a conseqüente desvalorização do mundo humano, presente na Idade Média
É nessa conjuntura de transformação e transição de uma ordem feudal anterior para o estabelecimento das bases do moderno capitalismo, que os denominados Contratualistas se inserem onde a busca pela liberdade e igualdade de direitos se contrapõe aos códigos e estatutos legais que antes regulamentavam os privilégios feudais. O indivíduo passa a ser visto, então, como anterior à sociedade, e não como mero produto desta.
Para Rousseau, a convivência em sociedade não é natural ao ser humano, mas sim decorrente de uma crescente necessidade de controle da natureza.
Da transição de uma condição anterior de igualdade natural, para uma condição de desigualdade, onde esse homem percebe “ser útil a um só, contar com provisões para dois”, introduzindo-se aí o conceito de propriedade e a conseqüente necessidade do trabalho, surge então também, para Rousseau, a necessidade do restabelecimento da igualdade pelo Contrato Social, através da eliminação das diferenças artificiais criadas, dada pelo que denominou “Vontade Geral”, sendo esta, uma