Contaminação por chumbo
2.1- História e Propriedades
O chumbo é um metal cinza-azulado de peso atômico 207.19, ponto de fusão 327.502 C e ponto de ebulição 1740 C (IPCS, 1995). O chumbo é suficientemente mole para ser cortado com uma faca, porém impurezas como o antimônio, arsênio, cobre ou zinco tornam-no muito duro.
O chumbo é resistente à oxidação atmosférica e ao ataque dos ácidos clorídrico ou sulfúricos diluídos, mas é rapidamente dissolvido pelo ácido nítrico. O ácido acético tem ação solvente sobre o chumbo metálico não sendo indicado o seu uso para fins culinários em recipientes que contenham chumbo, pois os alimentos podem contaminados com os compostos do metal.
Este metal era conhecido pelos antigos egípcios, que devido ao seu baixo ponto de fusão, durabilidade e facilidade em formar ligas metálicas era utilizado na fabricação de armas, adornos e utensílios. Os antigos romanos usavam o chumbo para fabricar manilhas, e alguns compostos do metal já eram usados na fabricação de cosméticos e de tintas (Mellor, 1967).
Existem duas classes de compostos de chumbo: os inorgânicos, que são os formados por sais e óxidos de chumbo, e os orgânicos que são os chumbo tetraeila e o chumbo tetrametila.
2.2- Estado Natural
Na natureza o chumbo pode ser encontrado em seu estado livre sob quatro formas isotópicas (PM= 208, 206, 207 e 204 em ordem de abundância) e ocasionalmente na forma metálica.
2.3- Aspectos Gerais
A quantidade anual de chumbo que se dispersa como contaminante atmosférico é muito elevada. Nriagu e Pacyma (1988) estimaram que a cada ano um total de 330 000 toneladas de chumbo são diretamente despejados na atmosfera. Alguns autores consideram que somente 4% do chumbo emitido na atmosfera seja de fontes naturais (emissões vulcânicas, erosão, e depósitos naturais). A figura 2.1 ilustra as rotas de exposição humana do chumbo.
A contaminação do solo pelo chumbo pode advir de forma natural ou geológica, como também através de