Contagem das sílabas
À contagem do número de sílabas métricas de um verso é denominado por escansão, sendo que o total das sílabas poéticas deve ser igual para cada espécie de verso, pelo que é necessário saber a maneira de fazer essa contagem.
Em português existem doze espécies de versos, que podem medir desde uma a doze silabas métricas. Esta contagem deve ser feita da seguinte forma:
A contagem termina sempre na sílaba tônica da última palavra de cada verso. Dispensa-se da contagem as demais sílabas dessa mesma última palavra, se houver;
A cada verso inicia-se nova contagem (dispensa-se as sílabas que sobraram da última palavra do verso anterior);
Na contagem, ignora-se sempre quaisquer pontuações;
Só contam as sílabas dos versos até a última tónica;
Quando uma palavra terminar por vogal átona e a palavra seguinte começar por vogal, também átona, as sílabas que contêm essas vogais constituirão uma só sílaba métrica, essas figuras poéticas denominam-se por hiatos;
Os hiatos podem transformar-se em ditongos e estes, embora com menos frequência, em hiatos;
Quando uma palavra termina por M e a seguinte começa com vogal, pode haver o desaparecimento da consoante, esta figura poética denomina-se por Ectlipse;
Recursos /figuras poética:
Sinalefa – Contração existente quando a última vogal de uma palavra, transforma-se numa semivogal, formando assim um ditongo com a vogal que inicia a palavra seguinte;
Elisão – Contração existente quando a última vogal de uma palavra, é completamente assimilada pela vogal que inicia a palavra seguinte, desaparecendo assim;
Crase – Contração existente quando a última vogal de uma palavra, é igual à vogal que inicia a palavra seguinte, fundindo-se numa só;
Ectlipse – Contração existente quando a última vogal de uma palavra nasal, perdendo a sua nasalidade para formar um ditongo com a vogal que inicia a palavra seguinte;
Hiato – Figura poética que surge quando uma palavra terminar por vogal átona e a palavra seguinte