SÓCRATES Para entendermos a filosofia Socrática, faz-se necessário um estudo sobre os Sofistas, do ponto de vista da Razão, do Discurso e do Relativismo da Justiça, que formam a Doutrina dos mesmos. O surgimento do movimento sofístico ocorreu no século V a.C. com a ruptura da herança cultural da tradição pré-socrática, onde conceitos metafísicos direcionavam as definições acerca do que era justo e injusto. A grande contribuição dos sofistas foi voltar a filosofia para o estudo do homem, tanto individualmente como em sociedade, Preocupavam-se com a educação dos jovens desde a maus tenra idade, colocando o home nos centro das atenções, mesmo com ambiguidades e posturas que se contradiziam, nos vários aspectos psicológicos, morais, sociais, políticos, jurídicos... Porém, a afirmação de que os sofistas constituíram uma escola é falsa, porque segundo pesquisas, eles formavam no máximo um conjunto de pensadores com afinidade e ideias, conceitos e modos de vida distintos dos demais. Protágoras, Górgias, Pródico, Hípias, Antífon, Trazímaco, Crítias, Antístenes, Licrófon, sofistas com doutrinas diversificadas que mereciam estudo detalhado e profundo caso houvesse se estabelecido uma escola sofística, provinham de cidades como: Abdera, Leontinos, Caucedônia, Ceos, Élide e Atenas, notabilizam-se por encontrar em seus públicos, avidez de conhecimento retórico. O que de fato ocorre é que desde Platão e Aristóteles os sofistas eram vistos como um grande conjunto de pensadores, com técnica apurada da palavra, o que fez com que fortalecesse a ideia da unidade sofistica que na verdade nunca existiu. O menosprezo pela forma de raciocínio e forma de profissionalismo sofista fez-se notar com o advento da escola socrática. Declarado antagonista dos sofistas, Sócrates dedicava boa parte de seu tempo a provar que nada sabiam apesar de se considerarem expertos em determinados assuntos e cobrarem honorários pelos seus ensinos. Platão assume esta postura antagônica de