Contabilidade
Portugal não pode continuar a gastar mais do que produz e salienta mesmo que “chegámos ao fim da linha do ponto de vista de financiamento”, considerando que os sacrifícios que estão a pedir aos portugueses são inevitáveis.
Vítor Bento, conselheiro de Estado do Presidente da República, discorda assim das declarações de Cavaco Silva que afirmou esta quarta-feira, na abertura do congresso dos economistas, que "há limites para os sacrifícios" e que o Orçamento do Estado para 2012 tem "falta de equidade fiscal".
Assim, o também presidente da SIBS considera que o OE 2012 é “o orçamento necessário, tendo em conta as restrições que temos de enfrentar”, acrescentando ainda que “pela primeira vez em 50 anos, temos o rendimento disponível abaixo do PIB, ou seja, não só não temos almofada, como ela é negativa, devido aos juros que temos a pagar”, refere.
Vítor Bento falou assim à margem do 4º Congresso Nacional dos Economistas, com a participação de Félix Ribeiro, João Salgueiro e Miguel Beleza.
http://www.ionline.pt/orcamento-estado-2012/oe-2012-orcamento-necessario-diz-vitor-bento
Comentário:
O economista Vítor Bento conselheiro de Estado e presidente da SIBS, entende que o orçamento de Estado de 2012 é o necessário mas não considera as injustiças fiscais que ele comporta.
Os regimes de excepção em diversas entidades e empresas públicas são uma delas. Empresas como CGD ou a TAP e as entidades públicas como o banco de Portugal ou a Câmara Municipal de Barcelos requereram excepções ao corte dos subsídios de férias e natal. Os cortes nos salários dos funcionários públicos e o aumento dos impostos em especial o IVA, sacrificam muito a classe média agravando as condições sociais conduzindo ao aumento de desemprego ao reduzir o consumo levando a falência milhares de empresas.
Por outro lado,